sexta-feira, 24 de junho de 2011

Transtorno mental gera prejuízos a empresas















Organizações observam crescimento de problemas característicos da vida moderna, como depressão e ansiedade

Por Patricia Knebel

Os transtornos mentais já são a terceira causa de incapacidade para o trabalho no Brasil. Apesar de as doenças físicas ainda serem a grande preocupação das áreas de saúde das empresas, e até por isso terem programas mais estruturados para combatê-los, cresce o desafio de enfrentar os problemas típicos da vida moderna, como a depressão e ansiedade.

Em algumas regiões mais desenvolvidas do País, como no Sul e Sudeste, os casos de transtornos mentais são ainda mais altos, alerta o psiquiatra clínico e forense e médico do trabalho Duílio Antero de Camargo. Isso acontece porque nessas localidades o nível de serviços intelectualizados tende a ser mais alto, o que naturalmente gera um maior desgaste mental. "Temos praticamente uma epidemia no Brasil", comenta o especialista, que também é presidente da Comissão Técnica de Saúde Mental e Trabalho da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).

Entre os principais sintomas dos transtornos mentais no trabalho estão a queda da produtividade e uma maior dificuldade para desempenhar tarefas rotineiras, além de tristeza e apatia. O caminho para vencer essa realidade é grande, já que apenas agora as empresas começam a ter mais entendimento da relação entre o ambiente de trabalho e esses transtornos. A exceção costuma ser as grandes companhias, que possuem serviços de medicina do trabalho e já realizam algumas ações de prevenção também relacionadas aos transtornos mentais.

Dentro dessa nova categoria, Camargo destaca a depressão como um dos problemas mais comuns. "Apesar de essa doença normalmente ser multicausal, o ambiente de trabalho gera situações que fazem com que as pessoas mais predispostas acabem desenvolvendo", diz.

Dados da Stress Management Association (Isma-Brasil) apontam que 42% dos profissionais brasileiros vivenciarão algum episódio de depressão durante sua vida profissional, sendo que em 10% são recorrentes. "Os casos aumentam e a projeção já de que a depressão será a doença que mais causará danos nessa década", destaca a presidente da entidade no País, Ana Maria Rossi. O prejuízo das doenças físicas e mentais ao dia a dia das corporações e os desafios para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável estão entre os temas que serão debatidos dos dias 28 a 30 de junho, quando acontece em Porto Alegre o 11º Congresso de Stress.

Promovido pela Isma-Brasil, o encontro será realizado no Centro de Eventos do Plaza São Rafael e reunirá nomes como o psicólogo espanhol Eusébio Rial González, PhD e chefe do Observatório de Risco da Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho. O encontro também apresentará as novas nuances do estresse nas corporações. Atualmente, cerca de 64% das pessoas sofrem mais com o estresse profissional do que com o pessoal, o que causa prejuízos à qualidade de vida de 68% delas.

Ana Maria, que também é representante brasileira da Divisão de Saúde Ocupacional da Associação Mundial de Psiquiatria, destaca a falta de tempo que os indivíduos enfrentam em suas vidas, em função das longas jornadas e também do excesso de tarefas. "Se olharmos atentamente, veremos que quem realmente trabalha oito horas no Brasil são os funcionários públicos e trabalhadores braçais", comenta. A maior parte dos profissionais, segundo ela, se dedica de 10 a 13 horas ao trabalho, mesmo que não precisem. "Se os colegas ficam, as pessoas se sentem intimidadas a fazer o mesmo por temerem ser consideradas pessoas que não vestem a camiseta", acrescenta. A consequência desses excessos é uma maior vulnerabilidade a adoecer e a ter lesões no trabalho.
Volume de ações por dano moral tem aumento na Justiça do Trabalho

Um dos temas de destaque dessa edição do congresso do International Stress Management Association (Isma-Brasil) será a perspectiva jurídica dos temas relacionados ao estresse do trabalho, já que as ações de dano moral crescem a cada ano no Brasil. O juiz gaúcho Ricardo Carvalho Fraga, do TRT da 4ª Região, alerta que há uma avalanche de ações de reparação por dano material e moral ingressando no Judiciário Trabalhista desde 2004. Foi nessa época que a Justiça do Trabalho passou a ser responsável pela apreciação desse tipo de indenização. "A sociedade está exigindo um maior nível de civilidade em todos os ambientes, inclusive no trabalho."

De 2004 a 2009, o número de acórdãos envolvendo dano moral passou de 642 para 8.222 no País. Desse total, mais da metade é relacionado a acidentes de trabalho. O especialista explica que danos morais são as lesões sofridas pelas pessoas físicas ou jurídicas que atingem a sua moralidade e a afetividade, causando constrangimento, vexame e dor. Fraga avalia que as condições de trabalho precisam melhorar. Nesses casos, ele adverte que as exigências de produção não devem ir além daquilo que o colaborador possa cumprir. Já no momento de a empresa fazer alguma cobrança, deve ter atenção para que o tom não seja excessivamente rigoroso.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Dicas para os motoristas



Carro: na ida ou na volta, o importante é dirigir com segurança

Por: Camila F. de Mendonça
24/01/11 - 14h03
InfoMoney


SÃO PAULO – De acordo com a CET (Companhia de Engenharia e Tráfego), cerca de 1,5 milhão de veículos deixaram São Paulo rumo ao litoral ou interior, devido ao feriado de aniversário da cidade. Daqui a um mês, as estradas do País começarão a receber um fluxo intenso de brasileiros que voltam das férias de início de ano. Seja na ida ou na volta, nessa hora, o importante é adotar cuidados para tornar a viagem ainda mais tranquila e segura.

Para tanto, há dicas para os motoristas seguirem a estrada sem sustos. E a primeira delas é para seguir antes mesmo de pegar na direção. Verificar toda a documentação do veículo, como CRV (Certificado de Registro), licenciamento e carteira de motorista, são essenciais para não ser surpreendido. Também fique atento para manter os impostos e tributos em dia.

Antes de sair com amigos e família, evite sair de casa cansado. Antes da viagem, coloque o sono em dia. E procure saber quais são as condições das estradas pelas quais você terá de passar. Nesta época do ano, chuvas são comuns e podem provocar estragos fortes em algumas rodovias. Por isso, fique atento para não ficar parado além do tempo planejado e tenha sempre um plano “b”. Se a viagem for longa ou o congestionamento muito demorado, pare e descanse. É importante durante o trajeto manter-se hidratado e alimentado.

Se a chuva pegar você no meio do caminho, diminua a velocidade e a mantenha constante. Não reduza a velocidade bruscamente. O ideal é frear devagar e constantemente, utilizando as marchas reduzidas. Mantenha o farol baixo ligado, não ligue o pisca-alerta com o veículo em movimento, evite deixar o vidro embaçar e nunca ultrapasse pela direita ou pelo acostamento.



Cuidados com a manutenção

Nunca é demais lembrar: não deixe a revisão do carro para depois, ela é que determinará uma viagem tranquila e sem sobressaltos. Os cuidados você já conhece, mas é sempre bom reforçar. Fique de olho nos pneus: eles devem estar balanceados e a direção deve estar alinhada. A calibragem deve estar de acordo com o manual. Caso o pneu fure no meio do caminho, tente manter o veículo em linha reta e reduza a velocidade. Quando você tiver o controle do carro, pare em local seguro.

O motor também deve estar em dia. A lubrificação deve ser feita com o equipamento frio. Verifique bem o filtro do óleo, porque ele retém as impurezas que permaneceriam circulando no motor. As correias dentadas também devem ser verificadas com atenção e sua troca deve ser feita de acordo com o manual do veículo. Em média, ela ocorre a cada 50 mil quilômetros rodados.

As palhetas devem ser trocadas a qualquer movimento de trepidação ou ruído, quando a lâmina estiver quebrada, torta ou rasgada ou quando ela começa a formar névoa no vidro. As mangueiras também devem ser verificadas, pois alimentam todo o funcionamento do motor. Fique atento, porque elas podem ressecar, rachar ou mesmo furar.

Os cuidados são simples e conhecidos da maioria dos motoristas que costumam pegar estrada em feriados prolongados e férias. Mas muitos os deixam de lado. O resultado é uma viagem com transtornos. Evitá-los é simples: vá até uma oficina confiável e pegue a estrada com cautela.
*E não esqueça dos cintos de segurança! (Complemento meu).

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Saiba como evitar a intoxicação alimentar


Intoxicação alimentar ocorre quando uma pessoa ingere alimentos contaminados por certas bactérias. O aumento da temperatura cria condições favoráveis para a multiplicação das bactérias. Além disso, nessa época do ano é comum que as pessoas comam na praia ou em barraquinhas, sem saber a procedência dos alimentos.

Em geral, a intoxicação alimentar é provocada por três tipos de bactérias:

1 - Clostrídios: são bactérias disseminadas pelas moscas, estão presentes no ar, na poeira e no chão. Sobrevivem à fervura durante horas seguidas.

Em temperatura abaixo de 20ºC, ou acima de 60ºC, elas se mantêm inativas. Na maioria dos casos, a pessoa que foi contaminada por essa bactéria, tem fortes dores abdominais e diarréia. Este tipo de intoxicação alimentar deve ser combatida através de repouso e ingestão de grande quantidade de líquidos. De qualquer maneira, sempre procure um médico.

Botulismo: Doença causada por uma bactéria do gênero Clostridium botulinum, é uma forma muito grave, embora rara, de intoxicação alimentar. Ao invés de atacar o intestino, como os outros tipos de intoxicação alimentar, ataca o sistema nervoso e requer um tratamento totalmente diferente, onde o paciente é internado num hospital, e submetido a um tratamento intensivo.

As características clínicas incluem dor abdominal, dor de cabeça, vertigem, fraqueza, vômitos, paralisia aguda (incluindo paralisia respiratória), visão embaçada e dupla. Essa bactéria é encontrada na água, no solo, podendo estar presente em peixes, vegetais e frutas. A bactéria pode estar em todo tipo de conserva em latas e vidros, principalmente vegetais com pickles, vagem, milho, cogumelos, palmitos, ervilhas, alimentos defumados com carnes, patês. Ao comprar alimentos enlatados, observe a data de validade, e condições da lata. Não compre se a lata estiver amassada ou estufada. Antes de consumir alimentos acondicionados em vidros ou latas, ferva-os por 10 minutos.

2- Salmonela: essas bactérias contaminam todos os tipos de carne usados na nossa alimentação, antes do animal ser abatido. O cozimento completo da carne contaminada destrói totalmente as bactérias nocivas. A gravidade dos sintomas varia de pessoa para pessoa, dependendo da quantidade de toxina ingerida e da resistência natural de cada organismo. Embora a intoxicação por salmonela quase nunca cause enjôos e dores de estômago, a pessoa contaminada pode ter, além da diarréia, um pouco de febre e dor de cabeça. Nos casos menos graves, um dia de repouso e a ingestão de uma grande quantidade de água ou de

compensar a perda de líquidos provocada pela diarréia ou pelos vômitos, serão o bastante para a recuperação, mas de qualquer maneira procure um médico.

3- Estafilococos: esse microorganismo está presente na superfície da pele humana, principalmente em torno do nariz, e em certas infecções cutâneas, como machucados, espinhas e furúnculos. Um corte infeccionado na mão ou no braço de uma dona de casa que prepara uma refeição para sua família, por exemplo, pode contaminar os alimentos se eles não forem cozidos a um temperatura de 60ºC ou mais durante no mínimo meia hora. Os sintomas são tonturas e náuseas, acompanhados de vômito. É sempre aconselhável procurar um médico.

Toxinas químicas:

Algumas toxinas encontradas em alguns alimentos, como cogumelos, podem ser causadoras de intoxicações químicas.
- Lave sempre as mãos antes de preparar os alimentos;

- Mantenha a temperatura do refrigerador abaixo de 4º centígrados;

- Mantenha peixes, carnes, ovos e laticínios na geladeira até o momento de prepará-los. Alimentos fora do refrigerador, nos períodos de verão, têm o risco de apresentarem o crescimento da bactéria Salmonella, causadora de infecções gastrointestinais;

- Alimentos que sobram de uma refeição devem ser congelados imediatamente, para consumo posterior, ou jogados fora;

- Crustáceos devem ser bem cozidos - podem conter, por exemplo, vírus causadores da hepatite, ou bactérias causadoras de intoxicação alimentar;

- Cuidados ao servir os alimentos: não aguarde mais de 2 horas para servir o alimento. Nos restaurantes, os alimentos frios devem ser colocados no gelo, a temperaturas próximas de 0º, e os pratos quentes devem ser mantidos aquecidos acima de 60º;

- Não deixe alimentos congelados degelarem por si - bactérias podem crescer na sua superfície externa. Sempre é mais seguro degelar o alimento no forno de microondas ou colocá-lo sob água corrente;

- Utensílios usados devem ser lavados cuidadosamente antes de receberem novas porções, mesmo que seja do mesmo alimento;

- Cuidado com a água que você consome - na dúvida, beba apenas água mineral;

- Alimentos comprados de ambulantes ou de barracas de praia são sempre arriscados, principalmente quando não se pode precisar as condições de higiene de seu preparo. Além disso, vendedores ambulantes de praia, com alimentos dentro de cestos expostos ao calor, correm o risco de estarem vendendo um alimento que se deteriorou pelo tempo de exposição fora da geladeira;

- Lave em água corrente verduras e frutas;

- Certifique-se de que os alimentos estão sendo cozidos da maneira correta;

- Se você tiver um ferimento nas mãos ou nos braços, antes de manusear os alimentos, proteja o machucado com esparadrapo e use luvas de borracha.

IMPORTANTE

Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As
informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.


Fonte:
- Assessoria Departamental de Vigilância Epidemiológica de Limeira – SP
- Medialsaude


Disponível em: http://www.sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?mat=370